Arquitetura vernacular: o poder da cultura e da identidade local
A arquitetura vernacular, também conhecida como arquitetura vernácula, é baseada no emprego de materiais e recursos presentes no próprio ambiente onde se encontra a edificação.
Por isso ela está diretamente ligada ao contexto geográfico da região. Mas não só isso. A arquitetura vernacular também é a expressão da identidade cultural do lugar do qual ela faz parte.
Assim essas construções também se caracterizam por reafirmarem a tradição e a história não só do espaço, mas também das pessoas. Neste artigo, você vai conhecer mais sobre essa forma de arquitetura tão tradicional e rica. Vamos lá?
Valorização da história e da tradição
A arquitetura vernacular está intimamente relacionada às raízes e à história do contexto espacial. O termo vernacular vem do latim vernaculus, que significa pertencente àquele lugar ou região nativa.
Dessa maneira, a arquitetura vernacular é um produto das características do lugar, de sua cultura, de seu clima e também de seu povo. Ela é realizada a partir das técnicas e dos materiais da própria região.
Portanto as construções possuem identidades singulares em cada local, uma vez que a funcionalidade vem em primeiro lugar.
Sendo um país de proporções continentais e de muita diversidade cultural, o Brasil possui uma enorme gama de construções vernaculares em diferentes regiões.
Palafitas
As palafitas são construções erguidas sobre estacas de madeira em locais alagadiços, em margens de rios e lagos. Elas são bastante comuns em regiões quentes e úmidas, como a Amazônia e as cidades da Baixada Fluminense, por exemplo.
Casas de pau a pique
Também conhecidas como taipa de mão, sopapo e sepe, essas construções são feitas com estruturas de bambu entrelaçado com cipó e preenchidas por barro, formando uma parede.
Essas estruturas são levantadas sob uma base de madeira ou pedra no solo. A técnica nasceu com antigos povos africanos e é muito utilizada nas zonas rurais. As casas de pau a pique se destacam por serem altamente sustentáveis.
Oca
As ocas são muito conhecidas aqui, no Brasil, por serem criadas pelos povos indígenas. Elas possuem grandes dimensões e são construídas com uma base de madeira e taquara, coberta por folhas de palmeira ou palha.
Elas podem abrigar diversas famílias e são erguidas em conjunto. Não possuem janelas ou divisões internas. A oca é um tipo de arquitetura vernacular de grande valor cultural do nosso país.
Quilombo
O quilombo ficou marcado como refúgio das populações africanas escravizadas. As construções tinham uma arquitetura próxima às das aldeias africanas, porém com algumas características próprias, como uso de taipa e de cobertura vegetal.
Construídos por todo o Brasil, os quilombos representam um legado de luta e de resistência.
Taipa de pilão
Muito utilizada no período Colonial do Brasil, a taipa de pilão é uma técnica que se baseia na construção de uma estrutura de madeira (taipal) preenchida com terra, cascalho e cal, socadas em pilões para ganhar forma.
Esses são alguns dos diversos exemplos de arquitetura vernacular presentes no Brasil.
Além de deixar um grande legado histórico, essa forma de arquitetura pode servir de inspiração para projetos contemporâneos que prezem a sustentabilidade. Incrível, não?
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